sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Deus, homens, vida eterna e Lara Croft!


Falar de Tomb Raider não é trabalho nenhum, pra alguém que já joga essa franquia, desde os 7 anos de idade, no caso, eu. E ao longo dos anos, além de uma paixão platônica pela Lara, desenvolvi um amor e uma admiração profunda pelo game, que independente de críticas especializadas e de alguns gamers, nunca perdeu o brilho pra mim.
O novo título ‘Rise of the Tomb Raider’ tá aí pra provar, que a cada produção o game melhora ainda mais. E quando peguei o jogo, logo de cara falei “wooow”, mas em seguida dei uma esfriada, não sei por que, achei morno. Mas ao olhar com mais atenção, me acomodar na trilha sonora e me envolver com a trama em si, me deparei com uma obra de arte. Sim, obra de arte. O game é fantástico e envolvente, mais pessoal do que nunca, retratando todos as características da Lara, desde garota sentimental, até o mulherão BADASS que conhecemos.



Os medos, as aflições, esperanças, crenças, perspectivas, objetivos, decisões e habilidades da Lara são exploradas de forma espetacular, nos fazendo mergulhar num universo de possibilidades, pois o jogo não é mais tão linear, ele te dá inúmeros caminhos pra seguir, e mesmo que seu antecessor já tivesse trazido essa proposta menos linear, foi em “Rise of the Tomb Raider” que tivemos uma amplitude maior pra chegar onde devemos.


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A jogabilidade tá incrível, tivemos a adição de novos elementos, como armas, acessórios, skills e utensílios eficientes. Lara matando com faca, Lara subindo em árvores, Lara criando bombas de todos os tipos, é simplesmente fantástico, épico. Sim, posso exagerar, mas tudo isso é consequência de um jogo que me deixou boquiaberto com sua qualidade gráfica, seus detalhes nas folhagens e água, na quantidade de armas e no leque de possibilidades de como matar o adversário. Eu joguei cada trecho como se fosse o último, pois a falta de tempo me consome e tive que seguir um caminho mais curto, pra terminar e conhecer a história por trás dessa nova expedição da miss Croft.




Comecei o jogo no 360 em inglês e depois continuei no One com a versão dublada e preciso dizer que tá excelente. Fizeram um trabalho impecável, tanto na sincronização, quanto na interpretação, fiquei impressionado. Todas as vozes se encaixaram perfeitamente com seus personagens. E olha que sou fã de tudo legendado pra não perder a originalidade, por assim dizer. Mas tenho eu confessar que gostei da dublagem e segui com ela até o fim. As referências que o jogo faz sobre filmes e jogos mais antigos, é bem bacana também, fãs mais antigos sentirão isso só com um simples fato de ter um revolver de tambor, ou por ver um planetário girando em um determinado ponto. É legal de se ver.



Os inimigos, meu Deus, que inimigos do capeta são esses? Desde os capangas da Trinity, passando pelos ursos possuídos e aqueles imortais filhos de uma ronca e fuça, eu passei altos cagaços. Sou bundão e tomei altos sustos quando eles chegavam do nada, ou quando tava de boa, entrando numa caverna e tinha um urso comendo um veado, que se sentia todo ofendido por eu interromper seu momento e corria atrás de mim por aquele corredorzinho até o lado de fora e me dava patadas satânicas e eu num sabia pra onde ir, ficava tão apavorado, que fazia a Lara pular e rolar como se tive tendo ataques epiléticos, triste isso, eu sei. A dificuldade das tumbas também aumentou, o que nos remete aos jogos amis antigos, pois todo fã de Tomb Raider adora um puzzle, claro que não tem nada que te faça passar raiva, como no finado PsOne, que ficávamos semanas tentando descobrir o que fazer e em meio a isso, íamos guardando o troco do pão que comprávamos pra mãe, pra poder comprar uma revistinha com detonado, mas dá pro gasto.



Mas, preciso dizer que mesmo eu sendo ruim pra enfrentar os caras e os bichos, o jogo evoluiu bastante, ficou tudo mais difícil e dinâmico, mais denso, por assim dizer. A única coisa que senti falta, foi aquela sensação de solidão que o anterior trazia, porque embora a Lara passe bastante tempo sozinha, ela tá sempre encontrando o Jacob, Sophia ou até mesmo o Jonah, e isso tira aquele sentimento de frieza e abandono. Mas ao mesmo tempo, traz a alegria de não ouvi-la gritando “SAAAAAAAAAAAAAAAAAM” . A lealdade, a fidelidade e o ponto de vista da Lara em relação a amizade, família e fazer o que é certo, é louvável e nos ajuda a refletir bastante, e é isso que gosto num jogo, quando ele, além de ser muito foda, consegue nos fazer refletir a vida com suas mensagens, eu realmente gosto. E ’ROTTR' cumpre esse papel direitinho.





Principalmente quando aborda o assunto de fanatismo religioso, mostrando o quão cega, idiota e descontroladas as pessoas se tornam, ao se deixarem levar por fé, de forma doentia. A maneira como aquelas pessoas acreditavam ser escolhidas por Deus e que tinham o direito de dizer e fazer o que bem entendiam em nome de um ser supremo, é só o reflexo do que vivemos no nosso cotidiano, com pessoas que creem que estão aqui pra fazer algo grandioso pra Deus, passando por cima de tudo e de todos. Sou contra qualquer fanatismo, e achei muito bem elaborada essa história, que nada mais é que uma triste realidade.


Até o fim do jogo, não sabia pra que serviam aqueles cards, e confesso que ainda não entendi muito, mas usei meus pontos pra comprar alguns e agora vou atrás da utilidade deles, se alguém souber explicar de um jeitinho mais simples, por favor, entre em contato. Hahaha No exato momento deste texto, terminei o game com 67%, pois não explorei mais do que 3 tumbas e também não procurei por documentos, relíquias ou segredos, peguei só o que tava no caminho e me dediquei somente a campanha, pois o trabalho, o curso e a vida não me deixaram muito tempo pra jogar, mas agora que finalizado, pretendo pegar tudo o que ficou pra trás, e então recomeçar, só que com mais atenção e zelo. Por isso, só posso dizer que 'Rise of the Tomb Raider' é uma puta aquisição e vale muito a pena jogar!

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